Conheça a fundo a banda africana “Freshlyground” que participa do single “Waka Waka “(This Time for Africa), música oficial da Copa do Mundo de 2010, composta por Shakira especialmente para o Mundial.
A banda multirracial “Freshlyground”, reúne brancos e negros, faz sucesso na África do Sul. Letras misturam 11 idiomas diferentes, inclusive o português, promete fazer o mundo dançar na abertura da Copa A fórmula é simples: misture um pouco de pop, rock, jazz com batuques bem africanos, acrescente grande variedade de instrumentos e sete integrantes talentosos.
O resultado é a banda sul-africana “Freshlyground”, sucesso de público e crítica na África do Sul. O grupo agora quer seduzir o mundo com sua levada dançante. E a Copa será um grande impulso para isso. Mês passado, eles foram convidados pela Sony para participar com a cantora colombiana Shakira da música oficial do Mundial, “Waka Waka”, que na língua Pidgin significa “Marche! Marche!”.
A música é uma adaptação de uma canção camaronesa homônima que fez bastante sucesso na África nos anos 80.
“O produtor da Shakira estava atrás de um toque afro para a música e ao ouvirem nosso trabalho, adoraram”, conta o baterista Peter Cohen.
Antes mesmo do convite para “Waka Waka”, o grupo já havia sido confirmado para os shows de abertura e encerramento da Copa, onde dividirão o palco com diversos cantores internacionais, entre eles a própria Shakira. Os compromissos com o Mundial dividem espaço na agenda com as turnês nacionais e internacionais do quarto cd “Radio Africa”.
“É um show atrás do outro. Por que você acha que estamos com essa fisionomia arrasada?”, brinca a vocalista Zolani Mahola deitada no chão da pousada onde o grupo estava hospedado em Joanesburgo. A formação do Freshlyground é heterogênea. Há brancos, negros, mestiços e dois estrangeiros (um moçambicano e um zimbabuano). Num país que saiu do apartheid há menos de 20 anos, eles chamam atenção por serem uma das raras bandas multirraciais da África do Sul. Para Zolani, o segredo para o sucesso vem justamente deste caldeirão de influências culturais e regionais.
“Nossas músicas são uma mistura daquilo que crescemos ouvindo e dançando. Elas representam a riqueza de sons e talentos da África. As letras alternam algumas das onze línguas oficiais do país e ainda há trechos em português. Pessoas de todas as etnias acabam se identificando”, explica a vocalista. Mas tanta variedade também já gerou críticas e a banda chegou a ser acusada de usar o rótulo multirracial como uma jogada de marketing.
“Não ligamos para isso, afinal somos apenas o reflexo do país onde vivemos. Um dia não haverá mais esta história de brancos e negros, seremos todos mulatos, como no Brasil” – brinca o guitarrista Josh Hawks. Apesar da referência ao Brasil, o Freshlyground nunca esteve no país e reclama da falta de convites para tocar na América Latina. Da mesma forma, não é fácil ver cantores ou grupos brasileiros fazerem sucesso na África do Sul.
“Temos muitas coisas em comum, mas a troca entre os dois países ainda é pequena. Cresci ouvindo Sérgio Mendes e conheço um pouquinho de forró, porque tive um amigo brasileiro. Mas sei que sou uma exceção”, ressalta Cohen. No entanto, o baterista afirma que a banda gostaria de “reparar o erro, caso receba uma ajudinha”.
“Estamos esperando um convite. Seria um prazer enorme tocar no Brasil. Acho que faremos sucesso, não acha?.”
Fonte: Portal Shakira e G1