A cidade de Medellín viveu um verdadeiro terremoto musical neste sábado (12), quando Shakira sacudiu suas icônicas cadeiras — e o coração de milhares de fãs — no estádio Atanasio Girardot, marcando seu retorno triunfal após quase 30 anos longe dos palcos da cidade. E ela não estava sozinha: o astro colombiano Maluma se uniu a ela como cúmplice em uma noite que ficará para sempre na memória da capital antioquenha.
A cantora barranquillera, hoje com 48 anos, voltou a Medellín completamente transformada desde aquela jovem de 19 anos que se apresentou pela última vez no mesmo local, em 1996. Agora como parte de sua turnê “Las Mujeres Ya No Lloran World Tour”, Shakira provou que, apesar da evolução e do amadurecimento artístico, ainda carrega a essência que a consagrou.
“Medellín, esta noite somos um só”, declarou emocionada, ressaltando o carinho especial que tem pela cidade e seus habitantes. “Cantar entre essas montanhas, com gente que tanto amo… isso é um presente”, completou a artista, visivelmente tocada.
A apresentação começou com energia máxima ao som de “La Fuerte” e “Girl Like Me”, mas foi ao revisitar sucessos como “Estoy Aquí” e “Antología” que Shakira arrebatou corações, reafirmando sua conexão atemporal com o público colombiano.
Em um dos momentos mais marcantes, Shakira surgiu de branco e com guitarra em mãos para entoar “Empire”, revelando sua veia rockeira. Em seguida, arrebatou o público com a intensidade de “Inevitable” — e ali, como disse uma das emocionadas espectadoras, “valeu o ingresso”.
As cores da noite mudaram quando o palco foi tomado por tons de rosa, durante performances de “Te Felicito” e “TQM”, sem a presença de Karol G, mas com a força de quatro bailarinas que deram vida ao sabor tropical dessa mistura explosiva entre Barranquilla e Medellín.
O ponto alto da noite veio com a inesperada (mas muito bem-vinda) entrada de Maluma, para cantar ao lado de Shakira o sucesso “Chantaje”, em uma versão mais salsera, cheia de ritmo e sensualidade. O “Pretty Boy” mostrou que é mais que uma voz: tirou a jaqueta, dançou salsa com Shakira e incendiou ainda mais o público.
A química entre os dois foi inegável, Shakira seguiu com uma sequência arrebatadora: “Addicted to You”, “Loca”, e “Soltera” até retornar às raízes com hinos como “Ojos Así” e “Pies Descalzos, Sueños Blancos”, relembrando a jovem sonhadora que queria conquistar o mundo — e conseguiu.
Para encerrar a noite em grande estilo, Shakira apostou em um mix de ritmos e surpresas: “Te Aviso, Te Anuncio” com batucada, “Ciega, Sordomuda” com mariachis, e os clássicos globais “Suerte” e “Waka Waka”, que fizeram o estádio inteiro cantar em uníssono.
O grande encerramento ficou por conta do fenômeno “BZRP Music Sessions, Vol. 53”, que ecoou pelas montanhas de Medellín como um grito de empoderamento e celebração.
Shakira não só fez um show: entregou uma verdadeira catarse coletiva, repleta de emoção, nostalgia, dança e cumplicidade. Medellín, definitivamente, nunca mais será a mesma.