A nossa diva colombiana Shakira escreveu um texto sobre a sua experiência do World Baby Shower da UNICEF, para o blog Baby Center.
Neste artigo, Shakira conta a sua experiência sobre voltar a ser mãe, sobre as suas gestações, emoções e seu trabalho com a UNICEF.
Confira abaixo.
Ser mãe: uma reflexão sobre as coisas que nunca pensamos
Por Shakira
Quando me preparava para ser mãe, por muita informação que encontrava, não ficava satisfeita. Lia blogs, livros sobre crianças, fazia mil perguntas a várias amigas minhas que já eram mães, interrogava a minha própria mãe.
Queria absorver todo o material que encontrava. Mamadeira de vidro ou de plástico? Chupeta, sim ou não? As dúvidas logísticas pareciam infinitas e as vezes agoniantes. Como toda primeira maternidade, queria fazer todo o possível para assegurar um ambiente seguro e feliz para meu bebê.
A medida que avançava a minha gravidez e começava a me sentir um pouco mais preparada, me dei conta que por muitas perguntas que me inundavam, sempre havia muitas outras que nem sequer haviam me ocorrido.
Sabia, por exemplo, que apesar de escolher o cobertor mais apropriado, o cereal idôneo e o chocalho perfeito, meu bebê sempre contaria com as coisas vitais. Também sabia que estaria sempre rodeado de amor, e que nasceria em um hospital com toda a equipe técnica e humana necessária para assegurar um ambiente sadio em sua chegada. Por último, sabíamos que seu pai e eu o levaríamos ao médico periodicamente para monitorar seu crescimento e desenvolvimento e prevenir ao máximo qualquer possível perigo ou doença.
Estas são as grandes perguntas que, para aqueles afortunados que tem os recursos mais desenvolvidos, também são os grandes esquecidos. Ao se aproximar o nascimento de meu filho, estava cheia de emoção. Sem dúvida, sempre que recebia um presente para meu filho, graças à generosidade de amigos e familiares, não deixava de pensar naquelas mães que nem sequer podem contar com os recursos mais básicos e cruciais para seus filhos nos primeiros anos de vida – que não tem acesso à vacinas, água potável ou também um ambiente saudável para o nascimento.
Para estas mães, ainda que ter um filho suponha-se ser um momento feliz, não deixa de ser um perigo para sua saúde e a de seu bebê. Doenças entre as crianças e as mães ou também a morte, são muito comuns nos países do terceiro mundo e o pior de tudo é que são totalmente preveníveis.
Quanto mais pensávamos neles, mais queríamos fazer algo para ajudar e mudar esta triste realidade. UNICEF nos ajudou a realizar nosso desejo através do primeiro World Baby Shower, que arrecadou presentes e os enviou a lugares onde além de serem agradecidos, contribuíram para salvar vidas. A acolhida tão positiva foi esmagadora e emocionante. Eu gosto de pensar que algum dia meu filho estará orgulhoso do feito que seu nascimento tenha ajudado a muitos outros.
Com nosso segundo filho, queríamos levá-lo a um passo mais adiante, e animar a outros países que organizem o seu próprio baby shower para beneficiar a outras mães e crianças que vivem na pobreza extrema. O sentimento de compartilhar um momento de felicidade através da ajuda oferecida a outros menos afortunados é satisfatória, e contribuiu para que o nascimento de nosso filho fosse ainda mais especial.
Em minha segunda gravidez, como muitas outras mães, me sentia mais segura. As perguntas que me tiravam o sono na primeira vez já não me provocavam tanta inquietude, e agora tenho mais perspectiva sobre o que, afinal de contas, é importante. O que nunca quero esquecer, ou deixar de questionar, é o motivo de cada mãe e filho não possam desfrutar da mesma segurança. Meu desejo é que quando meus filhos sejam maiores, possam olhar para trás e ver como até uma pequena ação pode ter um grande impacto se for multiplicada – e que eles também abordem as grandes perguntas de seu tempo.
Estão esperando um bebê? Organizem um Baby Shower que ajuda a salvar vidas com @UNICEF, @Shakira e @3GerardPiqué.