Em entrevista ao jornal colombiano El Heraldo, Shakira falou sobre as dificuldades que dão nome ao novo disco esobre os projetos deixados de lado para este material.
Em que direção artística segue Shakira com o ‘Sale el Sol’?
Na direção artística do meu coração e espírito. Livre inspiração no estúdio sem pensar em nada alem daquilo que me dá vontade de cantar.
O que este disco representa dentro do seu processo como artista?
Representa frescor, liberdade. É buscar onde meu coração mais tem a oferecer.
Como foi o processo criativo com René de Calle 13 para criar ‘Gordita’?
Foi muito divertido. Ele veio até a minha casa nas Bahamas passar um fim de semana inteiro. Nos divertimos muito. Rimos, dançamos e testamos mil instrumentos. Acho que dá para perceber na música que estávamos nos divertindo muito. O René tem uma cabeça muito lúcida, cheia de idéias que surgem a todo segundo. Foi muito boa a experiência de escrever com ele.
Você zomba de si mesma (seu aspecto físico há alguns anos) nesta canção?
Acho que nos divertimos acima de qualquer outra coisa. Gosto muito do conceito de ‘Gordita’, gosto que me digam isso. No Caribe as curvas valem muito!
Você disse que com este trabalho se sente livre. O que é a liberdade para você?
Fazer o que tiver que fazer. Seguir o que te diverte. Não pensar além do momento presente de fazer uma música com um amigo. Não há passado nem futuro que não seja se conectar com o seu espírito no momento em que pega na guitarra.
Tínhamos decidido não passar o resto da vida te questionando sobre maternidade, mas em ‘Mariposas’ você diz que está pronta para ser mãe. Como interpretamos isso?
Posso me conectar com este sentimento, mas também posso me conectar com o sentimento de fazer uma turnê e correr o mundo com músicas que me fazem feliz. Tudo a seu tempo.
Em ‘Antes de las seis’ você conta uma parte de sua história de amor com Antonio, como a de qualquer mulher que não é tão linda, bem sucedida e sensual como você e que sofre e faz sofrer por amor.
A canção é agarrar um momento, uma emoção intensa, e fazer disso um quadro. São momentos que vêm e vão. Muitas vezes esse momento é inspirado em minhas experiências, outras vezes me coloco no lugar de alguém que está perto de mim.
Você acredita que já escreveu a música que tanto procurava?
Acho que foi muito bom fazer este disco, que me fez bem fazê-lo e que fazê-lo ao vivo na turnê está me dando muita felicidade. Não há muito o que analisar além disso…
Em algum dos shows que apresentar você vai dividir o palco com algum dos convidados do disco, Calle 13, Pitbull , El Cata?
Tomara que sim. São três artistas muito talentosos que respeito muito e adoraria encontrar qualquer um dos três no palco.
O que aconteceu com a famosa canção que você gravou com Maité Montero e Egidio Cuadrado? Ficou guardada?
Fizemos muitas coisas lindas com eles, são dois artistas espetaculares. São jóias colombianas e foram grandes inspirações. Tenho os projetos que fizemos juntos guardados para terminar depois da turnê. Há muita coisa boa destes dias em que trabalhamos juntos.
Dentro do que fará na América latina no próximo ano, vai começar por Barranquilla, como Fez com a Tour de la Mangosta?
Sei que em março estarei na América latina e na minha querida Colômbia. Ainda não sei de datas exatas ou cidades, mas sei que estão definindo tudo estes dias.
O que tem pensado ultimamente sobre a palavra matrimônio?
Ultimamente não tenho pensado muito sobre esta palavra. Simplesmente estamos bem e contentes, eu e Antonio.
O que é Barranquilla hoje para você?
É a minha casa. Quando fico cansada digo que quero ir para Barranquilla
Loucamente lúcida ou lucidamente louca?
Os dois.
Que mensagem você envia aos leitores do El Heraldo?
Que disfrutem Barranquilla, o melhor lugar para se viver no mundo, e que busquem a alegria dentro deles mesmos. Dentro de cada um de nós há um sol pronto para nos encher de luz no momento em que quisermos colocar nossa atenção nele.
Qual foi o momento difícil pelo qual você passou no ultimo ano, segundo disse em uma entrevista, e que resultou em batizar o disco de ‘Sale El Sol’?
Não encontrei sentido em tanto esforço. São momentos. O Sale El Sol me conectou com minha essência e me lembrou o quanto amo a música e minha carreira, por isso o chamei assim. Por que quando nos perdemos, temos que nos buscar dentro de nés mesmos. Dentro de nós está o sol.
Fonte: El Heraldo