Shakira Defende Fundo para Educação

Em entrevista ao jornal El Mundo, Shakira falou de seu artigo publicado na revista The Economist, de como espera o apoio de Barak Obama em seus projetos e das diferenças fundamentais entre a Fundação Pies Descalzos e a ALAS. Confira:

Com o é estar na capa de uma das revistas mais influentes do mundo?
É uma grande honra, me surpreendeu me ver ali com figuras do porte de Obama. A verdade é que nunca imaginei uma coisa assim. Mas mais do que surpresa, fiquei alegre porque deram tanta importância à educação.

A que você se refere quando fala de um fundo global pela Educação?
Acredito que há alguns assuntos que superam as fronteiras dos países e que merecem um esforço global. Uma criança sem educação é um problema para o mundo inteiro, uma criança com educação é uma oportunidade para o mundo inteiro. Tomara que Obama tome a frente desta iniciativa em breve. Ele já comprometeu dois bilhões para um fundo de educação para as Américas.

Por que você afirma com tanta veemência que aquele que nasce pobre morre pobre? Não há exceções?

Uma criança que nasce pobre e não recebe a alimentação nem a educação que necessita terá, quase com absoluta certeza, uma vida de pobreza. Só há uma forma de dar a esta pessoa o direito de romper as barreiras da pobreza: a educação.
O que você acha que provou com o modelo da fundação Pies Descalzos?
Que mesmo o setor privado pode ajudar a desenvolver o país. Que os setores privado e público podem trabalhar juntos com sucesso. Que há muita motivação na sociedade civil para fazer coisas e muita disposição para se buscar associações para resultados mais efetivos.
Em que a Fundação Pies Descalzos se diferencia da Alas?
Pies Descalzos é uma fundação que se dedica a construir escolas e administrá-las. Hoje temos cinco mil alunos que estudam e comem em nossas escolas e 30 mil pessoas participando de algum de nossos programas. A Fundação ALAS está focada em gerir uma aliança internacional para impulsionar a educação.
E no que isto consiste? 
Trata-se de convocar a todos os órgãos multilaterais, os governos, os especialistas mais reconhecidos, como Jeffrey Sachs, da universidade de Columbia, para que se unam à Secretaría Iberoaméricana para la Educación Temprana e, desta forma, preparar uma estratégia regional.

Por que você diz no artigo que a educação é o melhor plano de segurança que um país pode ter?

No mundo, se investem milhões para nos proteger da violência. Os Estados Unidos ocupam o Afeganistão, a polícia não dá conta e o setor privado constrói exércitos para proteger suas famílias. Todo este dinheiro soma uma quantia incalculável e ainda assim a violência cresce. Só há um plano de segurança que dará resultados:  a educação.
Fonte: El Mundo

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