A diva colombiana Shakira concedeu uma entrevista à Somos (do Peru), onde revelou que tem se dedicado a seus filhos e que prepara seu novo disco.
Confira uma prévia do que chegou às bancas peruanas:
– O tema do filme Zootopia (Try Everything) e a canção que gravou com Carlos Vives (La Bicicleta) permitiu a seu público reencontrar-se com sua música. Como foi a dificuldade em deixar o ambiente familiar para retomar sua carreira?
É um processo bastante complicado e, se não tivesse a ajuda de Gerard, tudo seria mais difícil. O corpo e o espírito te pedem para ficar ao lado de seus filhos, mas há outra parte de você que te exige trabalhar, voltar a desenvolver isso que é sua paixão, que no meu caso é a música.
– Em algum momento passou por sua cabeça a possibilidade de que o nono disco de estúdio postergasse indefinidamente?
Não, sempre soube que voltaria. Isso não é algo negociável, é uma necessidade para mim. Levei tempo, porque creio que tudo tem seu momento, e as crianças, nesta etapa de suas vidas, precisam muito de mim. Mas já estou começando a escrever minhas novas canções.
– Uma estrela de fama mundial como você não é alheia ao dilema que enfrentam muitas mulheres ao redor da maternidade.
Sempre é muito complicado para uma mulher conseguir balancear. Todas estão no seu direito de buscar o equilíbrio entre o familiar e o profissional. Mas para isso é importante que a família se envolva de alma e coração (Deus abençoe meus sogros!). No meu caso, Gerard tem muita vontade de que eu volte a cantar e sabe, como eu, que todavia tenho muitas coisas a oferecer e a contar através de minhas canções.
– Que significou esta etapa em sua vida?
Tenho já a certeza que a maternidade é o trabalho mais difícil que tive na vida. Pude fazer 12 horas de entrevistas, 10 de filmagem de vídeo, estar 8 horas seguidas num estúdio, mas nada me deixa mais exausta que ir atrás das crianças o dia todo. É inigualável toda esta inversão de energia que derruba uma mãe. Deve ter todos os sentidos postos neles para estar alerta que não caiam, lidar com sua parte emocional, com sua alimentação, com seu aprendizado. E isso traz a conta no final do dia. Às 11 da noite o que mais desejo encontrar na minha cama é um bom travesseiro.
– E Gerard, não?
Ele está igual. Me diz que não se cansa tanto nem depois de ter jogado duas horas contra o Real Madrid.