Musa colombiana vai mais adiante em novas experiências pop
3 estrelas e meia de cinco
Shakira
Não dá para dizer que Shakira só está se esforçando para fazer agora, cantando em inglês e gravando com produtores da moda – ela sempre tentou ser o mais comercial possível. Basta lembrar de quando a colombiana – na época com seus desgrenhados cabelos loiros – vinha ao Brasil para se apresentar no programa de Gugu Liberato.
Disto isso, She Wolf é um trabalho redondo, bem acabado, com metade de suas faixas produzidas pelo coletivo Neptunes (duas repetidas, em versões com letras em inglês e espanhol). Pharrel Williams também escreveu Did It Again ( a segunda faixa de trabalho, com uma discreta batucada estilo escola de samba no fundo) e Long Time (como uma pegada de reggaeton domesticado), entre outras.
Fora das asas de Pharrel, Shakira ainda cai para o pop oitentista (como em Men In This Town, coescrita por Sam Endicott, do Bravery, assim como She Wolf – que de longe tem a melhor letra, comparando a repressão de uma garota com o estado dormente de uma “lobismulher”).
Apesar de imperfeito – faixas como Gypsy e Spy são pouco memoráveis – She Wolf mostra que a cantora está tentando descobrir seus limites. E, por enquanto, não os ultrapassou.
Por / Paulo Terron
Rolling Stone Brasil -Novembro /09
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