Oral Fixation Tour – Crítica DVDTown

O Portal Shakira novamente traz uma crítica do site DVD Town sobre o novo DVD da Shakira, que ainda lidera a lista dos mais vendidos no Brasil. Para conferir o texto na íntegra, clique em leia mais.

Ela canta, ela anda, ela salta. Ela faz belíssimos movimentos para combinar com seus grandes números, que são influenciados pelas culturas do oriente médio e indiana.

Mas Shakira provavelmente não merece a sátira que recebeu na comédia romântica ‘Letra & Música’. Ignore alguns movimentos terríveis (como os movimentos robóticos, que aparecem em ao menos 4 músicas diferentes) e é fácil entender por que esta cantora colombiana é a maior entertainer latina do planeta.

Sim, ela é Linda de morrer, mas é também um talento autêntico. Ela escreve a maioria de suas letras e músicas e ainda cria as coreografias, toca guitarra e até mesmo surpreende com uma gaita em um momento do show. Uma gaita. Cite uma outra cantora pop dessa era de sons, shows e vozes super produzidos que tenha coragem para fazer isso!

Numa época em que tantos cantores têm suas músicas tão retocadas quanto suas fotos, Shakira, que está sempre descalça, apresenta um show honesto que apresenta suas técnicas de mudança de voz tão frequentemente que é preciso admirá-la por se desviar da música processada que domina a indústria atualmente. Alguns dos sons que ela produz apresentam uma afetação adquirida – como os murmúrios guturais que ela solta em algumas ocasiões ou a maneira como usa o diafragma para cantar outras. Ela não tem medo de mudar de personalidade, assim como de voz, especialmente quando se apóia a um piano para uma balada calma ou se senta num circulo para tocar uma linda e simples canção.

Quando se assiste a alguns dos bônus que acompanham o show, é possível perceber que Shakira está tão interessada em fazer música à sua maneira quanto em satisfazer os gostos e expectativas de seu público, de forma que o show parece uma negociação ou compromisso. Porém, ela certamente sabe como tocar para uma multidão, estendendo o microfone frequentemente para deixar a platéia cantar e flertando abertamente com o público, de todas as idades. Ela também sabe reter energia, optando por fazer a primeira troca de roupa somente após a nona canção, quando outros cantores já teriam passado por diversos figurinos (enquanto suas bandas tocariam para dá-los tempo).

Assim como todo show em vídeo, “Oral Fixation Tour” tem pontos positivos e negativos. Há muitas tomadas do fundo do estádio, deixando amostra os refletores, enquanto as tomadas com reações da platéia parecem muito curtas. Porém, para um show que poderia ser um pesadelo para qualquer cinegrafista, com tantas luzes multicoloridas, focos de luz em movimento, fumaça e pirotecnias diversas, “Oral Fixation Tour” é surpreendentemente inteligente. Isto se deve, em parte, aos ângulos escolhidos para as câmeras. Apenas uma vez a câmera vai direto de encontro às luzes ofensivas, é aí que temos problemas com granulações. No resto do tempo, o espetáculo é mostrado de ângulos que contornam os possíveis problemas com iluminação.

O som também merece comentários. O microfone de Shakira é ajustado mais alto que os dos backing vocals de forma tão consistente que é preciso imaginar que esta seja a preferência da cantora. Mas se eu fosse Alejandro Sanz ou Wyclef Jean, estaria furioso com a senhora Shakira. Ambos precisam praticamente gritar em seus microfones e ainda assim o de Shakira parece cinco vezes mais alto. Não estamos falando de egos, mas o ajuste é tão ruim que faz com que ambos os duetos não soem bem. Esta é minha maior reclamação a respeito de “Oral Fixation Tour.”.

O espetáculo foi filmado na American Airlines Arena in Miami em dezembro de 2006 e há uma mistura de Inglês e Espanhol tanto no que diz respeito a canções quanto em relação às suas introduções. Não procure por nenhuma ajuda com traduções. Apenas relaxe e finja que está assistindo às performances de Shakira ao vivo.

As canções em Inglês são cantadas em Inglês e recebem introduções em Inglês, e acontece o mesmo com as em Espanhol. Com Ben Peeler na guitarra, Brendan Buckley na bateria, Archie Pena na percussão, Jon Button no baixo e Albert Menendez nos teclados, Shakira apresenta um concerto que soa grandioso. Mas, como disse anteriormente, a coreografia é pouco inspirada, e não sou o único a pensar assim. Assisti ao show com minha filha, que dá aulas de Espanhol e usa vídeos em suas aulas, e ela ficou desapontada Há muitos movimentos robóticos, muitas batidas de quadril e muito pouco dos movimentos de dança do ventre que são sua marca pessoal e que a separam do resto do pacote pop. Boa parte do tempo ela simplesmente anda, pula ao sacode os cabelos como qualquer outra diva pop. Mas, tirando aquele pequeno problema com os convidados, você terá um poderoso concerto.

Por James Plath para Dvdtown.com

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