Já se passaram 25 anos desde que Shakira alcançou a fama em seu país natal, Colômbia. Desde que lançou Pies Descalzos em 1995, a nossa diva colombiana voou ainda mais alto, provando ser uma das artistas mais influentes do século 21.
Claro, como qualquer pessoa que testemunhou seu desempenho no Super Bowl de 2020 ao lado de Jennifer Lopez sabe, não há sinal de que Shakira parará tão cedo. Para dar o devido valor à inovadora cantora colombiana, estamos olhando para os principais momentos que marcaram seus 25 anos de sucessos.
Shakira lançou seu primeiro álbum, Magia, em 1991, quando tinha apenas 14 anos. A talentosa cantora e compositora lentamente construiu uma plataforma para si mesma em torno de sua cidade natal, Barranquilla. E enquanto Magia prometia ser uma pausa para a jovem adolescente de cabelos negros, o disco não teve um bom desempenho comercial, assim como seu sucessor, Peligro, de 1993.
Até ela lançar ¿Dónde estás corazón?, como parte da coletânea Nuestro Rock, que sua carreira começaria a decolar na Colômbia. Esse single, que passou a fazer parte de seu terceiro álbum de grande sucesso, Pies Descalzos, fez dela um nome familiar, não apenas na Colômbia, mas em toda a América Latina.
O álbum com infusão de rock ganhou disco de platina na Argentina, Brasil, Chile, Equador, México, Peru, Venezuela e até mesmo nos Estados Unidos, onde Estoy Aqui se tornou seu primeiro single no topo da parada de canções pop latinas da Billboard (também conhecida como Airplay Latino), uma façanha que a cantora já conquistou nessa parada mais 18 vezes com canções como Suerte, Loca e Gitana.
As expectativas para o álbum seguinte de Shakira eram altíssimas. Mas, em uma reviravolta do destino que daria origem ao título de seu próximo álbum, o trabalho de Shakira em um novo lote de canções bateu em um obstáculo, quando sua bagagem, junto com suas composições, foi roubada em Bogotá. Começando quase do zero, a diva colombiana lançou ¿Dónde están los Ladrones?, que inclui sucessos como Ciega sordomuda, No Creo e Inevitable, sendo até hoje o seu álbum em espanhol mais vendido.
O concerto e álbum MTV Unplugged a solidificou ainda mais como uma das artistas latino-americanas de maior sucesso de sua geração. Com um GRAMMY em seu currículo (para o MTV Unplugged) e uma nova relação de trabalho com Emilio Estefan, que produziu aquele álbum ao vivo, Shakira se concentrou no mais raro dos feitos: a passagem para o mercado de língua inglesa nos EUA.
Se os primeiros sucessos de Shakira sugeriam que ela fosse uma garota do rock suave, muitas vezes favoravelmente em comparação com Alanis Morissette, seu primeiro esforço em inglês incorporou um som com o qual ela já vinha brincando em canções como Ojos Así, onde ela investiu nas raízes libanesas para a batida pesada de percussão dessa música.
Com um visual mais ousado e mais loiro, Shakira se apresentou ao mercado de língua inglesa dos Estados Unidos com Whenever, Wherever, co-escrita por ela, com Tim Mitchell e Gloria Estefan. Sucesso mundial, o single transformou Shakira em superstar nos Estados Unidos, parte do chamado “boom latino”, que varreu a indústria da música na virada do milênio. Com mais de 15 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Laundry Service continua sendo o álbum mais vendido de Shakira. Seu desempenho foi ainda melhor na Europa e no exterior, preparando o cenário para o próximo objetivo da artista: ser conhecida em todo o mundo.
Poucos artistas podem se orgulhar de ter sucessos tão bem sucedidos como Hips Don’t Lie. A canção de 2006, um dos singles mais vendidos de todos os tempos, alcançou o primeiro lugar em mais de 55 países, incluindo a parada Billboard Hot 100 dos Estados Unidos, tornando-se uma das canções mais ouvidas daquela década. O que torna seu sucesso ainda mais notável é que a canção não foi originalmente gravada para o álbum duplo de Shakira, Fijación Oral Vol. 1/Oral Fixation Vol. 2. A colaboração de Wyclef Jean foi originalmente um single da reunião dos Fugees e também uma música da trilha sonora de Dirty Dancing: Havana Nights (Dance Like This).
Depois de se tornar uma música de Shakira, com amostras de Amores Como el Nuestro de Jerry Rivera e Ana Mile, do Grupo Niche, o single otimista consolidou Shakira como uma superstar global, cujos movimentos de dança se tornariam tão icônicos quanto seu fraseado e letras.
Sucessos posteriores como Waka Waka (This Time for Africa) e Dare (La La La) também aumentaram seu desempenho global, transformando-a no tipo de artista que poderia comandar multidões em eventos, como a Copa do Mundo. É por isso que não foi surpreendente quando ela assinou um contrato com a Live Nation: havia muita demanda por apresentações ao vivo da artista colombiano em todo o mundo.
Outra forma de Shakira se consolidar como uma artista que pode cruzar barreiras culturais e de idioma (ela lançou músicas em espanhol, inglês, português e francês), foi pelos artistas com quem ela colaborou ao longo dos anos. Por mais que ela se posicione por conta própria, Shakira fez uma carreira inspirando e homenageando colegas artistas. Ela trabalhou com todos, de Beyoncé, Carlos Vives, Rihanna e Alejandro Sanz a Maná, Freshlyground, Prince Royce, Anuel AA e Maluma, em gêneros tão variados quanto esses nomes sugerem.
Shakira se estabeleceu ainda mais como um nome familiar, com suas aparições em programas de TV como The Voice e filmes como Zootopia, da Disney, além de emprestar seu talento para escrever canções não apenas para Zootopia, mas dramas como Love in the Time of Cholera.
Apesar de um problema de saúde que forçou a cantora de Empire a adiar sua turnê El Dorado em 2017, os últimos anos mostraram Shakira olhando para trás em sua carreira musical e ao mesmo tempo, impulsionando-a para frente.
Não há exemplo mais claro desse ressurgimento artístico do que seu show do intervalo do Super Bowl de 2020m ao lado de Jennifer Lopez. Sua performance resgatou sucessos como She Wolf, Whenever Wherever, Chantaje e Hips Don’t Lie.
Além de sua produção artística, Shakira tem sido uma defensora de vários esforços de caridade. Na Colômbia, ela é a fundadora da fundação Pies Descalzos. Fundada em 1997, a organização se esforça para oferecer educação às crianças afetadas pela violência na Colômbia.
Em 2011, ela foi indicada pelo presidente Barack Obama para a Comissão Consultiva do Presidente sobre Excelência Educacional para Hispânicos, comprometida em usar sua plataforma para o bem.
Como todo mundo, a superestrela colombiana teve que se ajustar ao “novo normal”, trazido pela pandemia do novo Coronavírus neste ano. Mas isso não a impediu de continuar seu trabalho filantrópico. Nos últimos meses, ela participou de shows que animam os trabalhadores da saúde, falou abertamente sobre a crise na fronteira, emprestou sua voz aos esforços de socorro em Beirute após a explosão em agosto, exortou seus fãs americanos a votarem na eleição de 2020 e até fez parceria com o Príncipe William no Prêmio Earthshot, uma nova iniciativa ambiental.
O seu mais recente trabalho musical foi GIRL LIKE ME, ao lado do Black Eyed Peas. O clipe da canção estreou no início deste mês e, em apena quinze dias, conta com mais de 88 milhões de visualizações no YouTube.